2 ECTS; 1º Ano, 2º Semestre, 10,0 T + 5,0 TP , Cód. 201427.
Docente(s)
            - Maria Madalena Giraldes Barba Pessoa Jorge Oudinot Larcher (1)
(1) Docente Responsável
(2) Docente que lecciona
Pré-requisitos
          Não aplivável.
Objetivos
          O objectivo da disciplina de História Moderna e da Expansão Marítima é o conhecimento dos principais horizontes da expansão portuguesa, considerando duas temáticas: uma, abrangente, com a evolução dessa expansão nos séculos XV e XVI; outra, mais detalhada, centrada no Brasil, de 1808 a 1822.
Programa
          Parte I. Os Séculos XV e XVI
I. O Século XV: os primórdios da Expansão Marítima
		1. Portugal e a Cruzada no norte de África, da conquista de Ceuta, em 1415, ao final do reinado de D.João II (1495) - das praças setentrionais ao contorno da costa continental
		2. Do norte de África às ilhas Atlânticas: das Canárias à descoberta oficial e povoamento dos arquipélagos da Madeira e dos Açores
		3. O Infante D.Henrique, paradigma da encruzilhada dos tempos medievais e modernos:
			3.1. O Infante e as conquistas no norte de África
			3.2. actividades económicas e estratégias marítimas;
			3.3. os progressos náuticos e a Escola de Sagres
			3.4. as estratégias políticas e o governo da Ordem de Cristo; a génese do Padroado e da doutrina do Mare Clausum
			3.5. as vilas do Infante e o seu desenvolvimento; o caso específico de Tomar
		4. A primeira fase de uma concorrência castelhana: 
                 4.1. as disputas em torno das Canárias
                 4.2. o Tratado de Toledo (1480)
                 4.3. Cristóvão Colombo e política ultramarina de D.João II; a construção do castelo da Mina 
                4.4. o Tratado de Tordesilhas (1494): os factos e o seu significado no campo do Direito Internacional 		
                          5. as grandes etapas dos Descobrimentos: o balanço de um século - dos novos rumos atlânticos ao extremo-oriente e Américas
                          6. A Ordem de Cristo e o seu lugar no contexto das navegações quatrocentistas.
II. O século XVI: a construção do império até finais da dinastia de Avis
                          1. D.Manuel (1495 - 1521) e a formação do império:
		1.1. A construção do império, no quadro da formação do Estado Moderno
		1.2. as estratégias para o oriente:
		     1.2.1. a concretização do acesso marítimo à Índia: a armada de Vasco da Gama
		     1.2.2. as medidas face às dificuldades na relação com soberanos locais (a génese da carreira da Índia; a acção de D. Francisco de Almeida)
		     1.2.3. a política régia junto da corte pontifícia: a ligação de um projecto de cruzada ao oriente; a obtenção de privilégios e mercês, nomeadamente das comendas novas;
		      1.2.4. o apoio régio ao projecto de Afonso de Albuquerque
		1.3. a conquista de praças no norte de África;
		1.4. a descoberta do Brasil; as primeiras medidas relativas ao território americano
		1.5. o lugar do império no renascimento e humanismo manuelino
                       2. O reinado de D.João III (1521 - 1557): a política face ao Oriente, África e Brasil:
		2.1. Da Índia ao Extremo-Oriente: 
                                 2.1.1. principais factos e governantes
                                 2.1.2. o comércio a uma escala mundial
                                 2.1.3. o contacto com outras culturas
		2.2. O norte de África: o polémico abandono das praças de Safim, Azamor, Alcácer-Ceguer e Arzila
		2.3. O Brasil: as primeiras medidas de colonização: da fundação de capitanias ao governo geral (capitães donatários e seus poderes; dificuldades e relação com os nativos; povoamento e colonização; o primeiro governador, Tomé de Sousa)
		2.4. a concorrência internacional:
		     2.4.1. os conflitos com Castela; o destaque da Questão das Molucas; 
		     2.4.2. os atritos com França: os confrontos entre armadas portuguesas e francesas na costa do Brasil
        3. Os finais da dinastia de Avis: Breve panorama geral do império.	
Parte II. A Mudança da Corte para o Brasil e O Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1808-1822)
I.	A mudança da Corte para o Brasil
1.	A conjuntura portuguesa nas vésperas da Primeira invasão francesa. 
2.	A partida da família real e de mais de 14.000 pessoas para o Brasil no final de Novembro de 1807.
3.	 A passagem pela Baía (24 Jan.-26 Fev.) e a abertura dos portos brasileiros ao tráfego internacional, em 28 de Jan.de 1808.
4.	O Rio de Janeiro sede da monarquia. 
5.	As grandes linhas das medidas adoptadas: a administração central, o fomento económico, a colonização, o fomento cultural. 
6.	O contexto da América espanhola a partir de 1810.
7.	A alteração da conjuntura europeia com a abdicação de Napoleão (1814) e a determinação de D.João de permanecer no Brasil.
II.	O Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
8.	A elevação do Brasil a reino unido ao de Portugal e Algarves (16 de Dezembro de 1815)
9.	A Revolução pernambucana (Março-Maio 1817)
10.	A coroação de D.João VI (6 Fev.1818) 
11.	A revolução de Cádiz (1 Jan.1820) e as suas repercussões
12.	A revolução liberal no Porto e as suas implicações no Brasil
13.	O regresso de D.João VI a Portugal e a designação do Príncipe D.Pedro como regente
14.	As vicissitudes da regência de D.Pedro e o seu confronto com as Cortes vintistas
III.	O fim de facto do Reino Unido com a independência do Brasil (7 Set.1822)
Metodologia de avaliação
          A avaliação consiste: 
a)	Numa frequência, na qual será necessário obter a classificação final mínima de 10 (dez) valores para aprovação na cadeira, dispensando de exame;
b)	Um exame final escrito para os alunos que não tiverem obtido aprovação na frequência, no qual é exigível também a classificação de 10 (dez) valores, sob pena de exclusão.
Bibliografia
          - ALBUQUERQUE, L. (1994). Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses, dirigido por. (Vol. 2 vs.). Lisboa:  Caminho
- BETHENCOURT, F. (1998). História da Expansão Portuguesa, dirigida por. Lisboa:  Círculo de Leitores
- MATTOSO, J. (1992). História de Portugal, sob direcção de. (Vol. 8vs). Lisboa:  Círculo de Leirores
- SILVA, M. (2008). O Império Luso-Brasileiro, 1750-1822, sob direcção de. Lisboa:  Estampa
Método de Ensino
          Aulas teóricas expositivas, acompanhadas de projecções de textos, documentos, mapas e algumas imagens do património arquitectónico e artístico relacionado com os temas abordados.
Software utilizado nas aulas
          

















