4 ECTS; 2º Ano, 1º Semestre, 30,0 T + 15,0 TP + 2,0 OT , Cód. 938051.
Docente(s)
            - Maria Madalena Giraldes Barba Pessoa Jorge Oudinot Larcher  (2)
(1) Docente Responsável
(2) Docente que lecciona
Pré-requisitos
          Não Aplicável.
Objetivos
          Os alunos deverão apreender os principais horizontes da história moderna, em conexão com as mais importantes heranças medievais, privilegiando as da cultura, mas relacionando-as com os principais factos políticos e transformações sociais. Deverão saber reflectir sobre os conhecimentos adquiridos.
Programa
          Parte I. As Referências Medievais da Civilização Europeia 
              1. As raízes longínquas: a seiva da cultura greco-romana e o cristianismo
	2. A Cristandade: o papel da Igreja e do poder pontifício numa unidade política da Europa
	3. As orientações cristãs do pensamento: a filosofia política
	4. A abertura da Europa na Baixa Idade Média: o surto de uma civilização urbana e cosmopolita; o papel das Cruzadas e do Comércio;
	5. As bases intelectuais: A Europa das Universidades; os grandes rumos do conhecimento nos séculos XII e XIII 
	6. A Crise do Século XIV: o Declínio da Idade Média: os confrontos entre o poder pontifício e os poderes civis (a Questão Bonifaciana e o conflito com Luís da Baviera); o Grande Cisma (1378-1414): os factos e as ideias (as doutrinas conciliaristas).
Parte II. O Século XV: Os Alvores da Idade Moderna
A. A Primeira Metade
1. O Tempo dos Grandes Concílios
1.1. Os grandes concílios e a resolução do Grande Cisma: Pisa (1409), Constança (1414-1417) e Basileia  Ferrara - Florença (1431-1439)
1.2. As doutrinas políticas: o peso das teses conciliaristas
	2. Os prenúncios da Reforma Protestante:
2.1. A doutrina de John Wyclif: principais aspectos e condenação pontifícia (1409)
                   	2.2. A importância de João Huss: a pregação da doutrina de Wyclif na Boémia e a sua condenação à morte no Concílio de Constança (1415)
2.3. a repercussão da sua morte na Boémia: o significado da guerra hussita (1415-1434).
	
B. A Segunda Metade
1. O Despertar do Renascimento
	      1.1. Aspectos gerais (conceito, cronologia e controvérsias)
	      1.2. O florescimento cultural em Itália:
		2.2.1. Florença
		2.2.2. Roma
		2.2.3. Veneza
	      1.3. O Renascimento na Europa Ocidental:
		1.3.1. as influências italianas
		1.3.2. as particularidades nacionais
	      1.4. Os principais traços: humanismo, classicismo, naturalismo 
2. O avanço turco a leste e o rasgar de novos rumos para a Europa pelo Atlântico
2.1. A pressão Otomana e a conquista de Constantinopla (1453): o fechar da Europa a leste. 
2.2. Os Descobrimentos e a abertura da Europa por ocidente: a possibilidade de novas estratégias e a importância das posições e incentivos pontifícios
	3. Os marcos convencionais do início dos Tempos Modernos  selecção e controvérsias
PARTE III. O Século XVI: os Novos Horizontes
(Políticos, Culturais e Religiosos)
A. As Grandes Transformações da Primeira Metade
  1. A Reforma Protestante: os principais ramos (1517-1545):
		1.1. Na Alemanha: a preponderância do luteranismo (1517-1555)
		1.2. Em Inglaterra: fundação e evolução do anglicanismo (1531-1558)
		1.3. Na Suiça: formação e projecção do calvinismo (1534-1541)
2. As novas linhas do Renascimento
		2.1. Aspectos gerais (a imprensa; o novo mapa europeu das universidades; a  renovação da literatura e da historiografia)
		2.2. A diversidade entre o Norte e o Sul
		2.3. os passos precursores da Ciência:
			2.3.1. o desenvolvimento da matemática: principais destaques e 
repercussões sobre a filosofia; 
			2.3.2. a valorização dos conhecimentos empíricos
			2.3.3. Copérnico e a teoria heliocêntrica
                    2.3.4. os primeiros confrontos com a escolástica
			2.3.5. A importância científica das descobertas
	3. Os impactos do Renascimento sobre o Pensamento Político e Jurídico:
		3.1. O Renascimento do Norte: 
                                     3.1.1.os novos horizontes humanistas na literatura dos Espelhos de Príncipes: o destaque de Erasmo de Roterdão na sua obra A Educação do Príncipe Cristão
                      3.1.2. a crítica social: o Elogio da Loucura, de Erasmo, e a originalidade e projecção da Utopia, de Thomas More
		3.2. O Renascimento do Sul: o destaque de Maquiavel;
		3.3. O Renascimento Ibérico: os impactos jurídicos das Descobertas no Desenvolvimento do Direito Natural:
			3.3.1. Os problemas levantados na América em torno do estatuto e liberdade dos índios: as controvérsias de Las Casas e as suas repercussões
			3.3.2. Dos factos à consagração de princípios 
                          3.3.2.1. A reunião de Juntas em Espanha e o destaque de Francisco de Vitória (1540): do Direito Natural ao Internacional
                         3.3.2.2. A consagração da Escola de Salamanca e as primeiras posições pontifícias (1537)
                      3.3.3. Os impactos na legislação de Castela: as Leis Novas (1542)
4. O início da Reforma Católica: marcos e orientações  os primeiros sinais de um novo vigor
                         4.1. Um panorama geral de Reforma: as reformas diocesanas e as reformas das ordens religiosas
	4.2. A Companhia de Jesus:
		4.2.1. o percurso institucional da sua fundação
                     4.2.2. a rápida expansão na Europa, Oriente e Brasil
		4.3. A abertura do Concílio de Trento: 
			4.3.1. as razões políticas do adiar do Concílio;
			4.3.2. preparativos, objectivos e a abertura em 1545.
B. A Segunda Metade de Quinhentos
1. A Reforma Católica e a importância do Concílio de Trento: convocação, sessões, controvérsias e primeiros resultados
2. As consequências políticas da Reforma: da unidade cristã à afirmação das nações
2.1. O malogro do sonho imperial de Carlos V: a projecção dos problemas da Alemanha no cenário dos conflitos europeus
		2.2. A afirmação das nações no quadro internacional
		2.3. As Guerras de Religião
		2.4. O declínio do Império e o fim da Cristandade
      3. Os impactos da Reforma nas Ideias Políticas	
                         3.1. Os primeiros frutos das perspectivas políticas dos reformadores protestantes
		3.2. As Guerras de Religião e as reacções aos vastos poderes dos príncipes: os monarcómacos (protestantes e católicos)
          3.3. As orientações tridentinas quanto ao governo dos príncipes
       4. A projecção ultramarina de Portugal e Espanha e os primórdios de uma concorrência internacional
		
	
PARTE IV. O Século XVII: A afirmação de um novo equilíbrio europeu
 
A. A Primeira Metade 
	
	      1. Da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) ao Tratado de Vestfália (1648):
                      1.1. Principais fases e acontecimentos
                     1.2. Balanço dos conflitos de religião na Europa
                    1.3. Principais determinações do Tratado de Vestfália (1648):
          1.3.1. A consagração de um novo mapa europeu
          1.3.2. A consumação do princípio cujus regio hujus religio, alargado aos calvinistas
2. Os progressos do absolutismo
2.1. O panorama europeu
2.2. O modelo francês e a sua projecção: o sistema ministerial, de Richelieu a Mazarino
3. A Europa e a sua projecção ultramarina: os factos  - a concorrência a Portugal e Espanha, por França, Inglaterra e Holanda 
	4. A Cultura
4.1. A revolução científica e as controvérsias em torno de Galileu; o estabelecimento do método científico e o confronto com o aristotelismo
4.2. a expansão do método científico a outros ramos do saber: matemática, medicina e ciências naturais - os balanços de uma revolução na epistemologia
B. A Segunda Metade de Seiscentos
1. O auge do absolutismo real em França: o reinado de Luís XIV:
	1.1. a reformulação do aparelho de Estado
	1.2. A corte de Versailles: significado político e cultural
	1.3. as questões eclesiásticas:
1.3.1. A centralização do poder e a afirmação dos tribunais régios sobre os tribunais eclesiásticos
1.3.2. A crise galicana e a ameaça de cisma;
1.3.3. O jansenismo e os seus impactos políticos e religiosos: os primeiros grandes embates à Companhia de Jesus; o destaque de Blaise Pascal; a preocupação régia com a unidade religiosa do reino.
1.3.4. a perseguição aos protestantes
	2. A contestação ao absolutismo régio em Inglaterra. A Guerra Civil e a execução do rei (1641-1649). A República.
                                      3. A Sociedade, o Ensino e a Cultura: os principais traços do Antigo Regime
	3.1. A sociedade corporativa; a diversidade de estatutos e privilégios
	3.2. O ensino: a expansão do ensino secundário; programas e bases pedagógicas
	3.3. A assistência aos necessitados: a acção das Irmandades e os apoios crescentes do Estado
	             3.4. A religiosidade na sua orientação tridentina e a sua projecção na arte
          3.5. O desenvolvimento científico: astronomia, medicina, ciências naturais, física e química
	3.6. A literatura e a sua projecção social:
			3.6.1. O teatro e as suas funções sociais
			3.6.6. A Parenética e a sua importância política
PARTE V. A Primeira Metade do Século XVIII: 
Dos Primeiros Clarões das Luzes ao Crepúsculo do Antigo Regime
1. Os Principais Factos 
	1.1. O Despotismo Iluminado: Principais Casos 
	1.2. Os Novos Confrontos entre Estado e Igreja; do Josefismo à extinção da Companhia de Jesus
	1.3. A Ciência e a Cultura: os alcances materiais e filosóficos dos progressos científicos
	1.4. A economia e a sociedade: a Revolução Industrial e os seus impactos
2. As doutrinas políticas e a sua projecção política e social:
2.1. O Iluminismo Inglês: a influência de Hobbes, Locke e Hume
		2.2. O Iluminismo Francês: principais orientações e representantes (o destaque de Voltaire, Montesquieu, Diderot e dAlembert)
		2.3. Jean Jacques Rousseau e a Transição para o Romantismo 
	3. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763) e as suas implicações	
Metodologia de avaliação
          Frequência, na qual será necessário obter a classificação mínima de 10 (dez) valores para dispensa de exame. Possibilidade de um trabalho, que fará média com a frequência (50% para o trabalho e 50% para a frequência) e que será contabilizado apenas se resultar em  melhoria da nota. Exame oral em casos necessários
Bibliografia
          - CHAUNU, P. (1993).  A Civilização da Europa Clássica. (Vol. 2 vs.). s.l.:  Estampa
- CHAUNU, P. (2002). Tempo das Reformas, 1250-1550. (Vol. 2 vs.). s.l.:  Edições 70
- CORVISIER, A. (1977). O Mundo Moderno. s.l.:  Círculo de Leitores
- DELUMEAU, J. (1991). A Civilização do Renascimento. (Vol. 2 vs.). Lisboa:  Presença
Método de Ensino
          Aulas teóricas expositivas, acompanhadas de projecções
Aulas teórico-práticas, nas quais os alunos poderão participar com uma exposição oral e escrita de análise de uma fonte escrita da época, analisando-a no seu contexto.
Software utilizado nas aulas
          

















