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Abrantes

 

Cidade de Abrantes

Abrantes está muito bem servida por estradas principais, nomeadamente pela autoestrada Lisboa - Porto, e é também muito acessível por via-férrea, pela Linha da Beira-Baixa. É um concelho que se estende por cerca de 713,46 km², com um total de 42 436 habitantes, distribuídos pelas suas 19 freguesias.

 

Origens

Abrantes foi fundada em meados do século XII, resultante da necessidade de defender os territórios conquistados e garantir a vida ativa de Santarém. Para melhor salvaguardar as defesas, D. Afonso Henriques doou o castelo da vila à Ordem de São Tiago da Espada em 1173, e seis anos depois, em 1179, concedeu-se foral de vila. Em 1385, D. João I, que residia em Abrantes, partiu para lutar na batalha de Aljubarrota.

Em 13 de junho de 1476, foi fundado o Condado de Abrantes, título fortemente associado ao clã Almeida, quando Lopo de Almeida, pai do primeiro Vice-Rei da Índia, foi nomeado 1º Conde de Abrantes por D. Afonso V, seu quarto primo, em 1476. Em 1506 e 1507, os príncipes Luís e Fernando, filhos de D. Manuel I, nasceram em Abrantes, no antigo Paço Real, onde o rei residiu cerca de vinte anos.

Em 1518, D. Manuel retirou o foral da cidade velha, e em 1641 Abrantes foi rebatizada de Notável Vila de Abrantes, por ter sido, depois de Lisboa, a primeira vila a saudar D. João IV. Em 1771, um importante comércio fluvial florescia na região, permanecendo como tal até o início do século XIX. Abrantes tinha ao seu dispor um meio de desenvolvimento vital, o rio Tejo, que permitiu a prosperidade de um negócio diverso. Em 23 de novembro de 1807, a cidade foi ocupada pelas tropas francesas, comandadas pelo General Junot, a quem Napoleão concedeu o título de Duque de Abrantes.

A 14 de Junho de 1916, a vila de Abrantes é elevada à categoria de cidade.

 

Viver em Abrantes

- Castelo / Fortaleza de Abrantes: Abrantes teve uma importância estratégica, nomeadamente durante a Reconquista Cristã (séc. XII) e a Guerra da Península. O castelo e a fortaleza são uma lembrança deste papel histórico. Foi construído pelo primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques, e foi utilizado para fins militares até ao século XX. As muralhas envolvem agora a grande torre de menagem e a igreja de Santa Maria do Castelo, do séc. XV, que alberga o Museu Dom Lopo de Almeida com achados arqueológicos, azulejos mouriscos, túmulos e estátuas dos séculos XV e XVI.

 

- Igreja da Misericórdia: esta igreja exibe um magnífico portal renascentista e painéis com pinturas atribuídas a Gregório Lopes (1490-1550), o Solar da Família Albuquerque, outrora palácio real, e a antiga Igreja de São Vicente.

 

- Igreja de São João Baptista: data do século XII tendo sido remodelada nos séculos XIV e XVI. De fachada maneirista, o seu interior é composto por três naves de tecto revestidas a painéis de madeira e retábulos maneiristas de talha dourada.

 

- Igreja de São Vicente:Construída no século XIII, foi totalmente reconstruída no século XVI no reinado de D. Sebastião. A fachada principal é maneirista e incompleta. Igreja de estilo maneirista com três naves, nove altares e azulejos do século XVIII. Os painéis de azulejos que representam a embarcação de São Vicente, alguns retábulos renascentistas e vários artefactos são de valor artístico significativo.

 

- A barragem de Castelo do Bode e o Parque Náutico de Lazer da Aldeia do Mato proporcionam a oportunidade de desfrutar do rio e do seu enquadramento natural ideal para a prática de desportos náuticos e passeios de barco.

 

- Gastronomicamente, a região é famosa pelos seus bolos típicos, baseados em receitas ancestrais das freiras, nomeadamente a palha de Abrantes e as tigeladas, deliciosas especialidades à base de gemas de ovo e açúcar.

 

Mais informações: www.gri.ipt.pt

 

 
 
 
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