3 ECTS; 1º Ano, Anual, 13,0 TP , Cód. 201458.
Docente(s)
- Maria Madalena Giraldes Barba Pessoa Jorge Oudinot Larcher (1)
(1) Docente Responsável
(2) Docente que lecciona
Pré-requisitos
Não aplicável.
Objetivos
Os alunos deverão compreender, através de exemplos concretos, as principais características das diversas tipologias de cidades e povoações portuguesas e da sua evolução, nelas detetando a ligação aos modelos de sociedade que em si vigoraram e aos acontecimentos que neles desencadearam processos de transição.
Deverão ser capazes de, nesses modelos, encontrar a ligação aos grandes horizontes culturais que se foram sucedendo, através dos movimentos do Renascimento do séc.XII, do dos finais do séc.XIV aos finais do séc.XVI e do despertar do Iluminismo.
Programa
1. Panorama Geral: a evolução das vilas e cidades portuguesas, dos tempos medievais aos finais da Idade Moderna:
1.1.Tipologias medievais e Reconquista
1.2. As marcas do Renascimento
1.3. As mudanças do pré-Iluminismo
2. Casos particulares:
2.1. Tomar:
2.1.1. Ao longo da Idade Média:
2.1.1.1. Os antecedentes visigóticos
2.1.1.2. A partir da Reconquista - a implantação templária: a estrutura da ordem e a edificação do oratório templário
2.1.1.3. A igreja de Santa Maria dos Olivais
2.1.1.4. A fundação do concelho pelos templários; a "vila de cima"
2.1.1.5. o fim da Ordem do Templo na Europa e as estratégias régias para a sua transição, em Portugal, para a Ordem de Cristo
2.1.1.6. As marcas sociais e políticas do Portugal medievo na especificidade da vila de Tomar
2.1.2. Nos primórdios da Modernidade:
2.1.2.1. Tomar na transição para o Renascimento e a expansão marítima, protagonizada por um novo governador da Ordem de Cristo: o Infante D. Henrique:
2.1.2.1.1. As transformações na Ordem e o acrescento das primeiras estruturas conventuais à Charola
2.1.2.1.2. A "vila de baixo" e as marcas precoces do Renascimento no traçado urbano
2.1.2.1.3.O desenvolvimento da judiaria e a construção da sinagoga
2.1.2.1.4.Outros edifícios henriquinos de destaque: Estaus, saboarias, Casa dos Cubos
2.1.3. No Renascimento:
2.1.3.1. Tomar nos tempos manuelinos:
2.1.3.1.1. As alterações na Ordem e no Convento
2.1.3.1.2. O novo estatuto da igreja de Santa Maria dos Olivais: uma alçada sobre as igrejas ultramarinas do oriente ao Brasil
2.1.3.1.3. Outros edifícios e marcas manuelinas: a igreja de São João Baptista, as Casas da Câmara e os lagares d'El Rei
2.1.3.1.4. O encerramento da sinagoga e o fim da judiaria, marco de uma nova era na hhistória social e urbana nacional
2.1.3.2. No reinado de D.João III - a maturidade do Renascimento:
2.1.3.2.1. A reforma da Ordem e as alterações no convento
2.1.3.2.2. As mudanças na igreja de Santa maria dos Olivais e a intenção de, também na pedra, reescrever a história e refazer a memória
2.1.3.2.3. A igreja da Conceição
2.1.3.2.4. Outros edifícios e construções de D.João III
2.2. Évora:
2.2.1. Na era medieval:
2.2.1.1. Na alta Idade Média: dos finais dos tempos romanos à dominação islâmica:
2.2.1.1.1. A "cidade alta": da acrópole romana à cidadela islâmica
2.2.1.2. castelo, muralhas, traçado radio-cêntrico e mesquita
2.2.1.2. A Reconquista e as adaptações da cidade
2.2.2. No Renascimento:
2.2.2.1. Nos tempos de D. Manuel
2.2.2.2.As marcas de D. João III
2.2.2.3.As profundas transformações, materiais e culturais, implementadas pelo cardeal D. Henrique, como arcebispo e rei
2.3. As matrizes urbanas das "cidades portuguesas" da expansão:
2.3.1. Nos primórdios dos tempos modernos:
2.3.1.1. Praças portuguesas em África
2.3.1.2. Praças manuelinas no oriente
2.3.1.3. Vilas e cidades nas ilhas atlânticas
2.3.2. Na maturidade do Renascimento:
2.3.2.1. A fundação de Salvador da Baía em tempos de D.João III
2.3.2.2. A engenharia militar ultramarina no séc.XVII: dois exemplos de destaque nos traçados de São Luís do Maranhão e de Belém do Pará
2.3.3. Na transição para o Iluminismo:
2.3.3.1. A especificidade e importância das vilas do ouro;
2.3.3.2.O pré-Iluminismo e o traçado urbano de numerosas povoações do norte do Brasil.
Metodologia de avaliação
No período de frequência, os aluno deverão apresentar uma síntese da evolução de uma "cidade portuguesa", nos tempos medievais e/ou modernos, de Portugal ou de algum território da sua história ultramarina.
O trabalho deverá ter também uma apresentação oral, valendo a parte escrita 80% da nota e a parte oral, 20%.
Os alunos cuja nota final do trabalho não chegar a 10 valores (escala de 1 a 20), deverão realizar um exame, que versará sobre os temas lecionados em aula.
Bibliografia
- FRANÇA, J. (1994). Tomar. Lisboa: Presença
- SANTOS SIMÕES, J. (1943). Tomar e a sua Judiaria. (Vol. 1). Lisboa: Sociedade Geologica de Portugal
- SIMÕES RODRIGUES, P. (2008). A Apologia da Cidade Antiga: a Formação da Identidade de Évora (séc.XVI-XIX). (Vol. 1). Évora: Universidade de Évora
- Santana, M. (2025). Cidades de Influência Portuguesa. (Vol. 1). Lisboa: Colibri
Método de Ensino
As aulas serão expositivas, mas com apresentação de imagens, mapas e esquemas que procurem clarificar a matéria e promover o debate.
Software utilizado nas aulas
B.Learning
Apresentação de ficheiros de Power Point
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

















