Publicação em Diário da República: Despacho n.º 10852/2016 - 05/09/2016
5 ECTS; 2º Ano, 2º Semestre, 15,0 T + 60,0 PL + 3,0 OT , Cód. 938022.
Docente(s)
- Ana Patrícia Bidarra dos Santos Lourenço (1)
(1) Docente Responsável
(2) Docente que lecciona
Pré-requisitos
Não aplicável.
Objetivos
1)Adquirir conhecimentos teóricos e práticos sobre os processos técnicos de produção de uma escultura policromada, a sua evolução histórica e materiais mais utilizados.
2) Identificar as causas e efeitos de degradação em escultura.
3) Conhecer as metodologias de intervenção e os materiais existentes para a conservação e restauro de escultura policromada.
4) Compatibilizar as metodologias e materiais com os princípios reguladores da profissão de Conservador-restaurador.
5) Compreender a importância da interdisciplinaridade entre a Conservação e Restauro e outras disciplinas como a Fotografia, a Química, a História, a História da Arte e as Artes Decorativas.
6) Ser capaz de executar uma intervenção de conservação e restauro, tanto ao nível metodológico, como ético e científico.
Programa
Componente teórica:
I.Introdução
1.Conservação e restauro, definição e evolução de conceitos.
2.Ética e princípios fundamentais do restauro.
II.Metodologia de intervenção
1.Metodologia geral e específica
2.Métodos de exame e análise.
2.1.Exames de área e exames de ponto.
2.2.Métodos destrutivos e não destrutivos.
2.3.Métodos qualitativos e quantitativos.
2.4.Critérios para a selecção dos métodos mais adequados.
III.Suporte
1.O suporte em madeira. Estrutura e características.
2.Espécies mais utilizadas na escultura em madeira.
3.Escolha e preparação da madeira.
4.Técnicas de execução.
5.Causas e efeitos de alteração.
IV.Revestimentos
1.Contexto histórico.
2.Estratigrafia tipo de uma policromia.
3.Técnicas e materiais.
4.Decoração
4.1. Douramento, estofado, puncionado, esgrafitado, aplicações, incrustações,...
4.2.Materiais para substituição do ouro.
5.Causas e efeitos de alteração dos revestimentos.
V.Policromias, repolicromias e repintes
1.Definição de conceitos.
2.Levantamento de repintes e de repolicromias.
3.Sobre o nível do levantamento e como o realizar.
VI.Desinfestação
1.Definição do conceito.
2.Características dos desinfestantes.
3.Metodologia de intervenção.
VII.Consolidação
1.Definição do conceito.
2.Características dos consolidantes.
3.Metodologia de intervenção.
VIII.Fixação
1.Definição de conceitos.
2.Características dos materiais.
3.Metodologia de intervenção.
IX.Limpeza
1.Definição do conceito.
2.Limpeza mecânica e limpeza química.
3.Solventes.
3.1. Triângulo de solubilidade.
3.2. Características dos solventes.
3.3. Solventes e misturas de solventes.
4.Metodologia de intervenção.
X.Preenchimento e reconstituição de lacunas
1.Definição de conceitos.
2.Características dos materiais.
3.Metodologia de intervenção.
XI.Reintegração cromática
1.Definição do conceito.
2.Características dos materiais.
3.Metodologia de intervenção.
XII.Camada de protecção
1.Definição do conceito.
2.Características dos materiais.
3.Metodologia de intervenção.
XIII.
1. Apresentação e comentário do trabalho desenvolvido na componente prática.
Componente prática
1.Documentação de conservação e restauro.
1.1.Ficha e relatório técnico.
1.2.Registo gráfico.
1.3.Registo fotográfico.
2.Análise preliminar.
2.1.Análise do estado de conservação. Levantamento de patologias.
2.2.Definição da metodologia de intervenção.
2.3.Métodos de exame e análise.
3.Elaboração e discussão das propostas de intervenção.
4.Fixação.
5.Tratamento do suporte.
5.1.Desinfestação: preventiva ou curativa.
5.2.Consolidação.
6.Revisão de elementos estruturais.
7.Reconstituições volumétricas.
8.Limpeza.
8.1.Limpeza mecânica.
8.2.Limpeza por via húmida e limpeza química.
8.2.1.Teste de solventes.
9.Remoção de repintes.
10.Preenchimento de lacunas.
10.1.Lacunas ao nível do suporte.
10.2.Lacunas ao nível da preparação e camada cromática.
11.Reintegração cromática.
12.Camada de protecção.
13.Elaboração do relatório técnico da intervenção.
Metodologia de avaliação
Componente Prática (CP): Prática Laboratorial 25% + Relatório Técnico 25% + Apresentação do trabalho desenvolvido nas aulas práticas 10% - corresponde a 60% da UC.
O Aluno tem de ter nota mínima de 10 valores na Prática Laboratorial e no Relatório Técnico para ser admitido a exame.
A avaliação da Componente Teórica (CT) é feita por exame escrito (40%).
Os critérios de avaliação mantêm-se para as épocas de exame.
A melhoria de nota poderá ser feita apenas na CT.
Bibliografia
- Marincola, M. e L., K. (2020). The Conservation of Medieval Polychrome Wood Sculpture: History, Theory, Practice. The Getty Conservation Institute: The Getty Conservation Institute
- Subiela, A. e Blay, V. e Giménez, B. (2020). La limpieza de superficies pictóricas - Metodologia y protocolos técnicos. Spain: Tera
- Subiela, A. (2019). Guia de conservación y restauración de escultura en soporte orgánico. Spain: Sintesis
- Tonini, F. (2015). La scultura lignea, tecniche e restauro. Manuale per allievi restauratori. Italia: Il Prato
Método de Ensino
1) Aulas teóricas;
2) Aulas práticas;
3) Apresentação de trabalhos;
4) Orientação tutorial.
Software utilizado nas aulas
Não se aplica.
Aprovado em Conselho Técnico Cientifico: 12 de julho de 2023
Download da Ficha da Unidade Curricular (FUC)