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Ano Letivo: 2021/22

Conservação e Restauro

Conservação e Restauro 3

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Publicação em Diário da República: Despacho n.º 10852/2016 - 05/09/2016

5 ECTS; 2º Ano, 1º Semestre, 15,0 T + 60,0 PL + 3,0 OT , Cód. 938016.

Docente(s)
- Fernando dos Santos Antunes (1)(2)

(1) Docente Responsável
(2) Docente que lecciona

Pré-requisitos
Não aplicável.

Objetivos
1.Conhecer os principais intervenientes na produção retabular e os materiais e técnicas de produção dos retábulos e outros objetos em talha;
2.Identificar e compreender as causas de alteração e deterioração dos objetos: os processos de alterabilidade, de envelhecimento natural dos materiais, e de alteração dos materiais – danos e patologias;
3.Compreender e aplicar a teoria da conservação e restauro na retabulística e talha, nos diferentes de intervenção de acordo com os critérios e aspetos deontológicos, éticos e técnicos a ter em conta nas fases de projeto e de intervenção;
4.Compreender e executar a fase preparatória dos tratamentos, aplicando regras básicas de organização e funcionamento em laboratório e estaleiro, efetuando o registo e documentação da obra e processo intervenção, a Identificação dos materiais e técnicas do objeto, a elaboração de diagnóstico e formulação de proposta de tratamento;
5.Compreender e executar tratamentos de conservação e restauro ao nível de estruturas e ao nível dos estratos de superfície.

Programa
COMPONENTE TEÓRICA:
A. RETABULÍSTICA E TALHA: INTERVENIENTES, MATERIAIS E TÉCNICAS DE PRODUÇÃO
1. Breve introdução à história da retabulística e da talha em Portugal
2. Os intervenientes no processo de produção artística
3. As estruturas retabulares e de objetos em talha
4. Os revestimentos decorativos metálicos e policromos

B. CAUSAS DE ALTERAÇÃO E DETERIORAÇÃO NA RETABULÍSTICA E TALHA
1. Causas de natureza física
1.1. Temperatura e Humidade Relativa
1.2. Ação mecânica
2. Causas de natureza química
2.1. Poluentes sólidos líquidos e gasosos
2.2. Reagentes sólidos e líquidos
3. Causas de natureza biológica
3.1. Microrganismos – pestes
3.2. Macroorganismos – pragas
3.3. Animais e plantas daninhos

C. TEORIA DA CONSERVAÇÃO E RESTAURO NA RETABULÍSTICA E TALHA
1. Tipos de intervenção – preventiva, conservativa, restitutiva
2. Critérios e aspetos deontológicos, éticos e técnicos a ter em conta nas fases de projeto e de intervenção

COMPONENTE PRÁTICA LABORATORIAL:

D. FASE PREPARATÓRIA DOS TRATAMENTOS
1. Regras básicas de organização e funcionamento no laboratório e no estaleiro
2. Registo e documentação da obra e processo intervenção
2.1. Execução de registos fotográficos
2.2. Execução de esquemas gráficos
2.3. Execução de desenho-técnico e de mapeamentos
2.4. Preenchimento de Ficha Técnica e Folha-de-Obra
3. Identificação dos materiais e técnicas do objeto
3.1. Identificação à vista desarmada
3.2. Identificação macroscópica e microscópica
3.3. Identificação com o recurso a exames e análises
4. Observação e análise do estado de conservação
4.1. Identificação das condições ambientais do local de proveniência da obra
4.2. Identificação das intervenções anteriores
4.3. Identificação de situações passíveis de recurso a exames e análises
5. Discussão dos resultados e elaboração de diagnóstico
6. Formulação de proposta de tratamento

E. TRATAMENTOS DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO
1. Tratamento de estruturas
1.1. Desmontagem de elementos
1.2. Imunização / Desinfestação
1.3. Consolidação
1.4. Estabilização e proteção dos elementos metálicos
1.5. Revisão de ligações e encaixes
1.6. Reconstituição de elementos estruturais
1.7. Ligação e colagem de elementos
1.8. Preenchimento de lacunas
1.9. Reconstituição de elementos em falta
2. Tratamento de superfície
2.1. Pré-fixação e Fixação de estratos de superfície
2.2. Fixação/colagem de elementos decorativos ou de revestimento
2.3. Sistemas de Limpeza
2.3.1. Tipos de limpeza
2.3.2. Testes de solubilização de estratos
2.3.3. Remoção de repintes
2.3.4. Manuseamento de produtos e materiais – cuidados e proteção
2.4. Preenchimento de lacunas
2.4.1. Nivelamento dos preenchimentos
2.5. Reintegração cromática e pictórica
2.6. Aplicação de camada de proteção

Metodologia de avaliação
Atos de Avaliação Integrada e Sua Ponderação na Avaliação Contínua e Final:

TEÓRICA (50%)
-Ficha Técnica + Folha de Obra (25%)
-Trabalho Escrito (25%)

PRÁTICA LABORATORIAL (50%)
-Desempenho (35%)
-Assiduidade/participação (15%)

Informação complementar:
-A avaliação resulta da ponderação dos itens de avaliação da componente teórica (trabalhos escritos – 50%) e da componente prática laboratorial (desempenho e assiduidade/participação – 50%) tendo o aluno de obter, no mínimo, 10 valores a cada componente para obter aprovação;
-Dispensam de exame os alunos que tenham média igual ou superior a 10 valores;
-Serão admitidos a exame os alunos que obtenham, no mínimo, 10 valores na componente prática laboratorial;
-Serão excluídos de exame os alunos que não obtenham, no mínimo, 10 valores na componente prática laboratorial;
-Eventuais melhorias serão feitas apenas à componente teórica – trabalhos escritos – sendo considerada na ponderação final global a avaliação obtida na componente prática laboratorial.

Bibliografia
- A.V., . (1991). Gilded Wood-Conservation and history. Connecticut: Sound View Press
- DESCAMPS (DIR.), F. (2002). Metodología para la Conservación de Retablos de Madera Policromada. Seminario Internacional Organizado por el Getty Conservation Institute y el Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico Sevilla.. Sevilha: Junta de Andalucía. Consejería de Cultura / The J. Paul Getty Trust.
- Liotta, G. (1991). Gli Inseti e i dani del legno - Problemi di restauro. Firenzi: Nardini Editore
- WERNER, A. e BROMMELLE, N. (1965). Deterioration and Treatment of Wood. Joint Meeting of the ICOM Committee for Scientific Museum Laboratories and the ICOM Sub-Committee for the Care of Paintings. Washington and New York: ICOM

Método de Ensino
1.Aulas Teóricas, de carácter expositivo.
2.Aulas Práticas Laboratoriais, sessões de aplicação prática onde se desenvolvem intervenções em retábulos e talha, sob orientação do docente.
3.Orientação Tutorial, apoio pedagógico, técnico e científico.

Software utilizado nas aulas
Não aplicável.

 

Aprovado em Conselho Técnico Cientifico: 17 de fevereiro de 2022

Download da Ficha da Unidade Curricular (FUC)

 

 


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