4.5 ECTS; 1º Ano, 1º Semestre, 30,0 T + 30,0 TP + 2,0 OT , Cód. 93807.
Docente(s)
- Eduardo Jorge Marques de Oliveira Ferraz (2)
(1) Docente Responsável
(2) Docente que lecciona
Pré-requisitos
Não aplicável.
Objetivos
1.Identificar as rochas e os minerais de ocorrência comum
2.Perceber a relação entre rocha, sedimento e argila
3.Conhecer as rochas utilizadas na construção em pedra
4.Conhecer os sedimentos e as argilas utilizadas na construção em terra
4.Conhecer a produção de ligantes e de argamassas
Programa
Componente teórica:
1. Materiais pétreos, sedimentos e minerais
1.1. Rochas ígneas: granito e basalto
1.1.1. Magmatismo e vulcanismo
1.2. Rochas sedimentares: calcário e gesso
1.2.1. Meteorização, erosão, transporte, deposição e diagénese
1.3. Rocha metamórfica: xisto
1.3.1. Metamorfismo
1.4. Sedimentos: areia, limo e argila
1.5. Minerais: sílica, feldspatos, calcite, gipsite e minerais argilosos
1.5.1. Tipos: óxidos, hidróxidos, silicatos, aluminossilicatos, sulfatos e carbonatos
1.6. Alteração e alterabilidade
1.6.1. Interação da litosfera com atmosfera, hidrosfera e biosfera
1.6.2. Relação entre rocha, mineral, sedimento e argila
2. Materiais pétreos utilizados em construção em pedra
2.1. Utilização em fundações, pilares e alvenaria
2.2. Extração e preparação dos materiais pétreos
2.3. Estrutura e propriedades gerais dos materiais pétreos
2.3.1. Estado sólido e amorfo
2.3.2. Textura
2.3.3. Resistência mecânica
2.3.4. Impermeabilidade versus porosidade
2.4. Deterioração dos materiais pétreos
2.4.1. Principais fatores e mecanismos
2.4.2. Patologias comuns: dissolução química
3. Sedimentos e argilas utilizados em construção em terra
3.1. Utilização em adobe, bloco de terra comprimida, taipa e tabique
3.2. Extração, preparação, conformação e secagem dos sedimentos e argilas
3.3. Estrutura e propriedades gerais dos sedimentos e argilas
3.3.1. Estado sólido e líquido
3.3.2. Tamanho e distribuição do grão ou partícula
3.4. Estrutura e propriedades gerais do tipo de aplicação
3.4.1. Coesão e estabilidade
3.4.2. Resistência mecânica e sísmica
3.4.3. Permeabilidade e porosidade versus impermeabilidade
3.5. Deterioração do tipo de aplicação
3.5.1. Principais fatores e mecanismos
3.5.2. Patologias comuns: desgaste pluvial e eólico
4. Rochas e sedimentos utilizados em materiais ligantes e argamassas
4.1. Ligantes clássicos: gesso, cal, cal hidráulica e cimento
4.1.1. Tipos: aéreos ou hidráulicos
4.2. Argamassas clássicas: simples ou bastardas
4.2.1. Funções e aplicações principais
4.3. Produção tradicional de ligantes
4.3.1. Matérias-primas
4.3.2. Calcinação
4.3.3. Moagem
4.4. Produção tradicional de argamassas
4.4.1. Composição e formulação
4.4.2. Componentes
4.4.3. Mistura: amassadura
4.4.4. Cura e envelhecimento
4.5. Pozolanas e materiais pozolânicos
4.5.1. Tipos: naturais ou artificiais
4.6. Ligantes e argamassas modernas
4.6.1. Geopolímeros à base de caulino calcinado
4.7. Estrutura e propriedades gerais das argamassas
4.7.1. Estado sólido e líquido
4.7.2. Estado fresco versus endurecido
4.7.3. Tempo de presa
4.7.4. Retração e fendilhação
4.7.5. Porosidade
4.7.6. Resistência à água, mecânica e química
4.8. Deterioração das argamassas
4.8.1. Principais fatores e mecanismos
4.8.2. Defeitos de formulação, amassadura, aplicação e endurecimento
4.8.3. Patologias comuns: eflorescências e interação cerâmico-argamassa
Componente teórico-prática:
1. Conceito de amostra e subamostra. Representatividade de uma amostra. Relação entre as propriedades e a amostragem.
2. Escala de dureza de Mohs.
3. Exame macroscópico de minerais a olho nu.
4. Textura de uma rocha. Exame macroscópico de características gerais em rochas ígneas (ácidas e básicas), sedimentares (detríticas e carbonatadas) e metamórficas.
5. Conformação manual de bloco de adobe.
6. Formulação simplificada de argamassa de cimento e cal.
7. Amassadura de uma argamassa. Ensaios no estado fresco. Ensaio de espalhamento. Conformação de 3 provetes prismáticos.
8. Cura de uma argamassa. Ensaios no estado endurecido. Ensaios de resistência mecânica (flexão e compressão) nos provetes conformados.
9. Análise, interpretação dos resultados e principais conclusões.
Metodologia de avaliação
1. Componente teórica (67%), avaliada por exame escrito, sem consulta.
2. Componente teórico-prática (33%), avaliada por exame escrito, sem consulta.
Bibliografia
- Borrelli, E. e Urland, A. (1999). ARC Laboratory Handbook. Rome: ICCROM
- Henry, A. e Stewart, J. (2012). Practical Building Conservation: Mortars, Renders & Plasters. Farnham: Ashgate
- Keef, L. (2005). Earth Building: Methods and Materials, Repair and Conservation. Abingdon: Routledge
- Odgers, D. e Henry, A. (2012). Practical Building Conservation: Stone. Farnham: Ashgate
Método de Ensino
1. Aulas teóricas expositivas onde se descreve e exemplifica as noções elementares e os princípios fundamentais.
2. Aulas teórico-práticas em laboratório onde se aplicam os conceitos técnicos, com recurso a observação, cálculo e ensaios.
Software utilizado nas aulas
Não aplicável.
