4.5 ECTS; 2º Ano, 2º Semestre, 15,0 T + 45,0 PL + 3,0 OT , Cód. 938023.
Docente(s)
- Fernando dos Santos Antunes (2)
(1) Docente Responsável
(2) Docente que lecciona
Pré-requisitos
Não aplicável.
Objetivos
Conhecer a história e a tecnologia da produção de mobiliário. Avaliar a natureza material, tecnológica, artística e estética do objecto. Desenvolver capacidades de avaliação do estado de conservação, de diagnóstico, e de propor e aplicar metodologias de intervenção.
Programa
A. ASPECTOS TECNOLÓGICOS
1. Tipos de Madeiras
1.1. Processos de identificação e datação
2. Resinas, Adesivos e Gomas
2.1. Como produtos de colagem
2.2. Como produtos de acabamento/polimento
3. Produção de Mobiliário
3.1. Acessórios aplicados na produção e decoração
3.1.1. Acessórios metálicos e outros materiais diversos tipos e funções
3.2. Estrutura do objecto
3.2.1. Ligações e encaixes tipos e formas
3.3. Decoração no mobiliário
3.3.1. Materiais madeiras, metais, osteológicos, malacológicos, peles de animais, resinas, adesivos e gomas, ceras e óleos
3.3.2. Tipos e técnicas de trabalhos e revestimentos decorativos
3.3.2.1. Entalhes, torneados, perfis
3.3.2.2. Embutidos
3.3.2.3. Chapeados, folheados, marchetados
3.3.2.4. Douramentos e prateamentos a folha | a têmpera metálica
3.3.2.5. Lacados e incrustados
3.3.2.6. Chapeados e laminados sintéticos
3.3.3. Coloração de Madeiras
3.3.3.1. Tintas a têmpera | a óleo | a encáustica
3.3.3.2. Transparências corantes
3.3.3.3. Velaturas mordentes
3.3.4. Acabamentos das madeiras
3.3.4.1. Polimentos a óleo | a cera | a verniz | mistos
3.3.5. Revestimento de móveis de assento, leitos e outros
3.3.5.1. Sola e Couro gravado
3.3.5.2. Entrançados com fibras vegetais, sintéticas e tecidos animais
3.3.5.3. Estofos Tecidos naturais e sintéticos | Peles naturais e sintéticas
B. DEONTOLOGIA E ÉTICA DA INTERVENÇÃO NO MOBILIÁRIO
1. O Tipo de Intervenção a Eleger
1.1. A preservação
1.2. A conservação
1.3. O restauro
2. Critérios e Aspectos a Ter em Conta
2.1. Classificação do bem cultural
2.2. Valores intrínsecos e extrínsecos que o bem cultural compreende em si e na sua história
2.3. Tipo de função ou de uso
2.4. Vontade expressa do proprietário
2.5. Princípios éticos e deontológicos
2.6. Pareceres científico-técnicos
2.7. Meios técnicos e tecnológicos disponíveis
2.8. Estado de conservação - Alterabilidade e Alteração (Danos e Patologias)
3. Metodologia a Estabelecer pelo Conservador-Restaurador
C. FASE PREPARATÓRIA DOS TRATAMENTOS
1. Registo e Documentação do Bem Cultural
1.1. Execução de registos fotográficos e esquemas gráficos
1.1.1. Levantamento fotográfico geral e de pormenor
1.1.2. Cartografia ou mapeamento do estado de conservação - danos e patologias
1.2. Preenchimento de Ficha Técnica
1.3. Preenchimento de Folha-de-Obra
2. Levantamento das condições ambientais do local de proveniência do bem cultural
2.1. Temperatura, Humidade, Iluminação e Poluentes
3. Levantamento do Estado de Conservação
3.1. Identificação com o recurso a exames e análises de área e de ponto
3.1.1. Exame à vista desarmada, macroscópico e microscópico
3.1.1.1. Identificação de materiais e técnicas de produção
3.1.1.2. Identificação de intervenções anteriores
3.1.1.3. Processos de alterabilidade e alteração danos e patologias
3.2. Análise, Interpretação e Discussão de Resultados
4. Elaboração de Diagnóstico e Formulação de Proposta de Tratamento
D. INTERVENÇÃO DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO
1. Conservação da Estrutura e do Suporte
1.1. Desinfeção e desinfestação produtos e técnicas
1.2. Consolidação produtos, materiais e técnicas
1.3. Pré-fixação e fixação dos revestimentos decorativos superficiais
1.4. Revisão da estrutura
1.4.1. Desmontagem
1.4.1.1. Remoção de elementos metálicos de ligação pregos, parafusos, ferragens
1.4.1.2. Limpeza de sujidades e remoção de colas, adesivos e gomas
1.4.1.3. Limpeza dos produtos de corrosão dos elementos metálicos
1.4.1.4. Estabilização dos elementos metálicos aplicação de camada de proteção
1.4.2. Montagem dos elementos
1.4.2.1. Colagens e apertos das colagens técnicas e materiais
2. Restauro da Estrutura e do Suporte
2.1. Reconstituição de elementos em falta estruturais e decorativos
2.1.1. Técnicas e materiais
2.2. Preenchimento de lacunas da estrutura e do suporte
2.2.1. Técnicas e materiais
2.2.2. Nivelamento dos preenchimentos
2.3. Concepção de estruturas de sustentação
2.3.1. Técnicas e materiais
3. Conservação da Superfície
3.1. Fixação de camadas cromáticas e pictóricas
3.2. Fixação/colagem de elementos decorativos ou de revestimento
3.3. Limpeza
3.3.1. Sistemas de limpeza física, química, por via húmida a seco ou mecânica, combinada.
3.3.2. Testes de solubilização de sujidades e de estratos
3.3.3. Meios de limpeza reagentes químicos, solventes orgânicos, enzimas, detergentes, géis, abrasivos
3.3.3. Níveis de limpeza extensão e precauções
3.3.4. Remoção de repinturas, repintes, e repolimentos tintas, vernizes, ceras e óleos
4. Restauro da Superfície
4.1. Preenchimento de lacunas
4.1.1. Materiais e técnicas
4.1.2. Nivelamento dos preenchimentos
4.2. Repolimento das superfícies
4.3. Reintegração cromática e pictórica
4.4. Aplicação de camadas de proteção
Metodologia de avaliação
AVALIAÇÃO CONTINUA - Teórica(50%) + Prática Laboratorial(50%):
-Ficha Técnica + Folha de Obra (25%);
-Prova de Frequência Escrita(25%);
-Desempenho (35%);
-Assiduidade/participação (15%);
AVALIAÇÃO FINAL - Exame Escrito.
Bibliografia
- COLARES, J. Manual do Marceneiro. Biblioteca de Instrução Profissional. Brasil / Lisboa: Livraria Bertrand e Imprensa Portugal
- MCGIFFIN, R. (1983). Furniture Care and Conservation. Nashville, TN: AASLH
- ORDOÑEZ, L. e ROTAECHE, M. e ORDOÑEZ, C. (1996). Il Mobile: Conservazione e Restauro. Fiesole: Nardini Editore
- WERNER, A. e BROMMELLE, N. (1965). Deterioration and Treatment of Wood. Joint Meeting of the ICOM Committee for Scientific Museum Laboratories and the ICOM Sub-Committee for the Care of Paintings. Washington and New York: ICOM
Método de Ensino
Aulas teóricas, de carácter expositivo; Práticas laboratoriais, sessões de aplicação prática onde se desenvolvem intervenções em mobiliário, sob orientação do docente;
Orientação tutorial, apoio pedagógico, técnico e científico ao aluno.
Software utilizado nas aulas
Não aplicável.